Em dois anos, foram produzidas 15 mil toneladas de larvas vivas por ano.
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Já imaginou usar insetos para produzir ração para animais? No sul da Holanda, uma fazenda especializada em mosca soldado-negro faz exatamente isso. A Protix opera com alta tecnologia no local desde 2019, numa área de 15 mil metros quadrados. A proposta é usar a larva da mosca soldado-negro para produzir farinha de proteína.
Atualmente cerca de 80% da produção é destinada à ração animal, segundo relato da Business Insider. O restante é usado na alimentação aquática e avícola. A proteína de inseto na ração de aves e porcos foi aprovada pela União Europeia no ano passado.
Nos últimos dois anos, foram produzidas 15 mil toneladas de larvas vivas por ano; 10 mil toneladas de proteína por hectare por ano. Pra fazer uma comparação, a soja produz uma tonelada de proteína por hectare por ano.
A área da Protix é dividida em seções para os diferentes estágios do processo de produção, mas o “coração” é a fazenda vertical. É ali que vivem as larvas. Elas ficam em caixas empilhadas com quase 4 metros de altura e mais de 16 metros de profundidade, com a temperatura mantida em 30ºC. Todas as etapas do processo são controladas por técnicos.
As larvas são alimentadas a cada dois dias com subprodutos da indústria de alimentos e bebidas. Um por cento delas se transformará em moscas adultas que serão usadas na reprodução, o que é feito em uma câmara especial.
A colheita das larvas é feita de seis a oito dias. Elas são despejadas em uma peneira gigante, lavadas e depois enviadas para serem processadas. A partir delas são produzidas uma farinha de proteína e um óleo.
A intenção da Protix é expandir para Europa e América do Norte. Os produtores acreditam que a proteína de inseto pode melhorar a pegada ambiental de nossos alimentos.
Fonte: Um só Planeta